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Conheça os sintomas da dengue, as fases da doença e os sinais de alerta

Conheça os sintomas da dengue, as fases da doença e os sinais de alerta
Maioria dos infectados tem sintomas básicos, mas alguns desenvolvem manifestações mais graves que indicam necessidade de atendimento médico
📸 Gov. de São Paulo

Os primeiros sintomas da dengue são febre alta, dores no corpo e atrás dos olhos, vermelhidão na pele e fadiga. Nessa fase, a doença é classificada como dengue clássica ou dengue sem sinais de alerta e pode ser controlada com hidratação intensa e certas medicações (alguns remédios precisam ser evitados; leia aqui), até seu desaparecimento em alguns dias.

Em uma minoria, outros sintomas mais específicos podem surgir na sequência, principalmente quando a febre cessa por volta do quinto dia. Os sintomas mais característicos dessa fase são dores abdominais, vômitos intensos, desidratação, falta de apetite e sangramentos nas mucosas. Essa é a fase da dengue com sinais de alerta, nome dado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) por indicar uma gravidade do quadro clínico. Nesse momento, é importante ter acompanhamento médico.

Na dengue grave, a que mais preocupa, ocorre maior reação inflamatória sistêmica, que altera a coagulação do sangue e acarreta a perda de líquidos. A consequência pode ser uma hemorragia intensa e uma queda súbita da pressão arterial, responsáveis pelo choque associado à dengue, principal causa de óbito.

A manifestação grave era conhecida como dengue hemorrágica, mas o termo foi reformulado pela OMS em 2009 diante das demais características envolvidas no agravamento do quadro.

“As manifestações hemorrágicas como sangramento nasal e da gengiva, pintas vermelhas pelo corpo, sangramento uterino e do trato digestivo alto, que faz a pessoa vomitar sangue, e a quantidade baixa de plaquetas – responsáveis pela coagulação – podem ser observadas em todas as fases da dengue”, esclarece o infectologista e gestor médico de Desenvolvimento Clínico do Butantan, Erique Miranda.

Segundo a OMS, o objetivo da mudança de nomenclatura foi formar um critério simples, porém uniforme, para uma abordagem padrão de atendimento em todo o mundo.


Veja os sintomas de cada fase da dengue.

Dengue sem sinais de alerta

Os primeiros sintomas começam, em média, cinco dias após a picada do mosquito transmissor do vírus da dengue, o Aedes aegypti – esse período é chamado de incubação. São eles:

Febre alta (40°C)

Forte dor de cabeça

Dor atrás dos olhos

Náusea

Vômitos

Manchas vermelhas na pele


Dengue com sinais de alerta

Os sintomas podem se agravar ao fim da primeira semana e ficarem piores em uma pequena fração de pessoas. Estes casos devem ser tratados com atenção porque podem evoluir rapidamente para dengue grave. Os sintomas da dengue com sinais de alerta são:

Dor abdominal intensa

Vômitos persistentes

Respiração ofegante

Sangramento de mucosas

Fadiga

Vômito de sangue

Desidratação e sensação de boca seca

Pele pálida

Fraqueza

Sonolência

Cansaço excessivo

Diminuição da temperatura do corpo

Aumento repentino do hematócrito (porcentagem de hemácias)

Queda abrupta de plaquetas

Hipotermia


Dengue grave

Se não forem tratados, os sintomas de dengue com sinais de alerta podem evoluir para manifestações mais graves. Isso ocorre em uma pequena parcela dos infectados, quando comparado à incidência total da doença.

Dos 3 milhões de casos confirmados de dengue no Brasil em 2023, menos de 1% apresentaram a pior face da doença, de acordo com a OMS. Apesar de grave, o quadro pode ser revertido, desde que haja terapia hospitalar intensiva. Nessa fase, somam-se alguns sintomas aos da dengue com sinais de alerta:

Febre hemorrágica da dengue (extravasamento do plasma sanguíneo, que causa hemorragias severas)

Síndrome do choque da dengue (colapso circulatório e falência múltipla dos órgãos)

“É importante ressaltar que o fator determinante na febre hemorrágica da dengue é o extravasamento plasmático, que pode ser expressado por meio da hemoconcentração (aumento dos glóbulos vermelhos), hipoalbuminemia (diminuição da albumina, proteína encontrada no plasma sanguíneo) e derrames cavitários (extravasamento de líquidos). Se não tratados, esses sintomas podem evoluir para o choque”, ressalta Erique Miranda.


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